Arnaldo Rabelo

02 fevereiro 2009

Perfil do consumidor de luxo no Brasil

O consumidor de produtos e serviços de luxo no Brasil, ao contrário do que acontece em outros países emergentes, não compra marcas caras apenas para se exibir. Para 77%, deles luxo é uma recompensa pessoal e para 71% é puro prazer. Essa é uma das conclusões da pesquisa 'Perfil do consumidor de luxo no Brasil', cujos resultados foram apresentados dia 29/01 pela Ipsos, em São Paulo. Segundo Karen Cavalcanti, coordenadora do estudo, outra característica que distingue os ricaços brasileiros dos demais é a associação do conceito de luxo a serviços como hotéis, viagens e restaurantes sofisticados, o que reforça a idéia de que, em nosso país, luxo não significa apenas ter o que os outros não têm, mas principalmente viver experiências sensoriais diferenciadas.

Para quem tem dinheiro de verdade, charme e sofisticação têm pouca relação com marcas americanas. Esse punhado de gente endinheirada acredita que luxo mesmo é o que vem da Europa. Aliás, os segmentos onde o país de procedência do produto tem mais relevância são os de bebidas alcoólicas, automóveis, relógios e perfumes.

Curiosamente, apesar de toda a pompa e circunstância, os consumidores do luxo no Brasil também têm uma suspeitíssima intimidade com a realidade dos produtos piratas. Mais de 80% dos pesquisados conhecem alguém muito próximo que já comprou réplicas falsificadas de alguma marca de luxo. De acordo com Karen Cavalcanti, 'alguém muito próximo' pode significar parentes, amigos ou até mesmo o próprio entrevistado. Prova de que o jeitinho brasileiro é mesmo democrático e permeia toda a nossa sociedade, sem distinção de credo, raça e classe social.

Fonte: Blue Bus (Luiz Alberto Marinho) - 30/01/09

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