Arnaldo Rabelo

09 janeiro 2009

Redes sociais: além dos próprios sites

Foi com seu 'próprio Orkut' que Obama arregimentou seis milhões de pequenas doações

As redes sociais saíram dos sites das redes sociais. Em 2008, quando o conceito de "social" deixou os domínios dos gigantes Orkut, Facebook ou MySpace, a síntese do novo momento foi a eleição do presidente norte-americano Barack Obama. Ele não só tinha o seu perfil no Facebook e no Twitter, como criou a sua própria rede social, nos moldes do Orkut.

Foi com seu "próprio Orkut" que Obama arregimentou seis milhões de pequenas doações, que não passaram de US$ 100. Foi por meio de sua rede também que ele colocou eleitores em contato com eleitores para que eles se organizassem e fizessem campanha espontânea para sua corrida à Casa Branca. Para sua mensagem se espalhar ainda mais, no Twitter e no Facebook, o candidato informava os eleitores.

A experiência de Obama também foi replicada em jornais, portais e até em games. O "Wall Street Journal" e o "Le Monde", por exemplo, montaram as suas próprias redes sociais, em uma tentativa de atrair os leitores com as ferramentas "a que eles já estão acostumados". Portais brasileiros abriram espaço para blogueiros independentes, em uma forma de também trazer conteúdo ao qual as pessoas estão acostumadas na web.

Até os games foram atingidos pelo fenômeno. Um dos títulos mais aclamados do ano, Spore, no qual o jogador cria uma civilização, contou com um importante pé na internet: os gamers poderiam interagir entre si e trocar suas "criações", como prédios e monstros, e depois modificá-los, em uma criação coletiva.

O movimento de expansão das redes sociais promete ganhar fôlego em 2009. E pelas mãos dos tradicionais gigantes. Em uma forma de aproveitar o momento, Facebook, MySpace e Google - o dono do Orkut - desenvolveram projetos para transformar qualquer site parceiro em "social". Em breve, no site da CNN, por exemplo, será possível se logar com os dados do Facebook e saber quais dos seus amigos da rede social comentaram uma notícia por exemplo.

E vai pegar? Veremos no decorrer de 2009.

Fonte: Agência Estado - 08/01/09

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