Arnaldo Rabelo

02 setembro 2008

Revistas semanais amargam queda na circulação

Somente seis dos 24 títulos auditados pelo IVC conseguiram resultado positivo no primeiro semestre

Diminuiu 1,05% a circulação média das revistas semanais brasileiras auditadas pelo Instituto Verificador de Circulação. O desempenho - que leva em conta o comparativo entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2007 - seria ainda pior caso a Revista da Semana, da Editora Abril, não tivesse se filiado recentemente ao IVC, adicionando à conta sua média de 41.709 exemplares por edição. Sem ela, a média de circulação dos 24 títulos auditados desde o início do ano passado caiu 2,05%. Somente seis deles conseguiram melhorar seus números: IstoÉ (1,86%), Ana Maria (13,33%), Malu (2,61%), Recreio (33,71%), IstoÉ Dinheiro (2,33%) e TV Novelas (72,12%).

As três líderes do ranking vivem momentos distintos na área de circulação. Mesmo com oscilação negativa de 0,58%, Veja mantém folgada dianteira com média de 1.094.565 exemplares por edição - o que corresponde a quase 30% de toda a circulação semanal do mercado brasileiro. A vice-líder Época teve queda de 3,1% (média de 411.524), enquanto a IstoÉ avançou 1,86% (média de 353.163). Ainda no segmento de informação, a CartaCapital caiu 11,46% (considerando a média de 29.873 apurada nos cinco primeiros meses de 2008, já que ainda não estão disponíveis seus dados de junho). As duas edições regionais de Veja apresentaram quedas de 6,18% (São Paulo) e 6,13% (Rio).

O momento também não é favorável para a circulação das semanais populares, que tiveram queda média de 2,89%. O segmento é liderado por Ana Maria, com seus 189.507 exemplares por edição, que representam alta de 13,33%; seguida por Viva Mais, com média de 174.888 (-2,47%); Tititi, com média de 123.246 (-2,59%); Malu, com média de 103.399 (+2,61%); e Minha Novela, com média de 100.694 (-4,64%). Neste mercado, a melhor oscilação foi a da TV Novelas (+72,12%), enquanto as maiores baixas foram as de Chega Mais (-28,35%), Sete Dias com Você (-27,16%) e Sou+Eu (-21,88%).

Entretanto, o pior desempenho entre todos os nichos foi registrado pelas revistas de celebridades. Todos os cinco títulos semanais auditados pelo IVC amargaram diminuição em suas circulações, resultando em uma queda média de 5,49%. A líder Caras encolheu 4,66%, somando média de 285.390 exemplares por edição. Na seqüência aparecem Contigo, com média de 141.590 (-1,95%), Quem, com média de 86.460 (-12,31%), IstoÉ Gente, com média de 59.809 (-7,16%), e Flash, com média de 12.788 (-3,91%). O baque foi sentido pela Editora Escala, que na semana passada resolveu descontinuar a Flash, prometendo uma volta reformulada somente para março do ano que vem.

Fonte: Meio & Mensagem - 01/09/2008

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Em estudos meus e também de terceiros, a internet passa a ser um veículo cada vez mais importante para vários públicos, incluindo a classe C.

Um comentário:

Anônimo disse...

Realmente Arnaldo, as mídias tradicionais tendem a perder espaço para novas mídias, é preciso um trabalho de pesquisa e novos formatos para manter o anunciante fiel, focando sempre o resultado.

Tiago Cunha
Atendimento e Planejamento
Estudante de Marketing
Birigui - SP.