Arnaldo Rabelo

11 outubro 2007

Para enfrentar a Alpargatas, Azaléia e Vulcabrás preparam a holding Grendene

Pedro e Alexandre Grendene preparam empresa com vendas anuais acima de R$ 2,4 bilhões

Uma vez consumados os dois primeiros atos – aquisição da Azaléia e sua incorporação pela Vulcabrás – os irmãos Pedro e Alexandre Grendene ensaiam o grand finale de sua ópera calçadista. Trata-se da criação da Grendene Participações, holding que abrigará a Vulcabrás e a própria Grendene, controladas pelos dois empresários.

No momento, ambos se dedicam a escrever a partitura societária desta nova companhia. A holding deverá ter 80% da Grendene, formado apenas de ações ordinárias, e 94% do capital votante da Vulcabrás.

Posteriormente, o mais provável é que Pedro e Alexandre façam uma oferta pública para a conversão de ações da Vulcabrás em títulos da Grendene. Esta última passaria a ser a única empresa do grupo com ações em Bolsa – a própria holding (Grendene Participações) deverá permanecer com o capital fechado.

O objetivo de Pedro e Alexandre não é outro senão criar uma companhia com enorme poder de alavancagem em mercado e conseqüentemente punch para tirar da São Paulo Alpargatas o posto de maior indústria calçadista do país. Com a aquisição da Azaléia, a Vulcabrás já chegou a uma receita anual de R$ 1,3 bilhão.

Ao amarrar seus cadarços com os da Grendene, os dois empresários darão origem a uma empresa com vendas anuais superiores a R$ 2,4 bilhões. Para efeito de comparação, a São Paulo Alpargatas deverá faturar neste ano cerca de R$ 1,5 bilhão.

Fonte: Cidade Biz - 10/10/07

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