Arnaldo Rabelo
21 dezembro 2012
Mobile: nova audiência e mudança de comportamento
Inclusão digital, nova audiência, mais e melhores aparelhos, mudanças no comportamento do usuário. O mercado mobile se prepara para um movimentado 2013, ano que promete ser um divisor de águas – pela primeira vez, o volume de acesso à internet móvel será maior do que à fixa no Brasil.
Essa é a projeção de Leo Xavier, CEO do Grupo .Mobi. “Vai ser a grande novidade para o próximo ano. O mercado sempre teve desculpas: é caro, é para poucos. Agora, terão de arrumar uma outra”, brinca.
Em outubro, havia cerca de 35 milhões de smartphones no país, o equivalente a 14% de penetração. Depois do Natal, esse número deve pular para 42 milhões. Já os tablets eram cerca de 3 milhões em novembro. “Para mim, essa quantia dobra no Natal”, ele estima.
Uma mudança de comportamento também desponta: a preferência pelos devices móveis mesmo dentro de casa. “As marcas precisam levar isso em conta. O pessoal usa o celular o dia inteiro. Isso é vida real.” Para ele, há um desconhecimento das marcas em relação ao universo móvel, mas não preconceito. “Também demorou para a internet acontecer como mídia, assim como os jornais gratuitos e a TV a cabo.”
Guilherme Santa Rosa, sócio e COO da Mowa, vê aumento nos investimentos, mas ainda pequeno. Ele aponta que a grande revolução virá do uso, e seu foco em 2013 será trazer empresas menores e consumidores com menor poder aquisitivo para essa mídia. “Com a inclusão digital, a audiência está migrando. Ter presença móvel vai deixar de ser desejável e passar a ser essencial. Estamos apostando na base da pirâmide.”
Para aumentar a inclusão, o Ministério das Comunicações está tentando reduzir o preço dos smartphones, por meio da isenção de tributos. Segundo Santa Rosa, a maior oferta de aparelhos de qualidade que não sejam top é uma tendência. “Uma nova massa de consumidores está entrando no mercado. Com o aumento da demanda, virá a resposta das empresas”, afirma.
Outra tendência é o mercado de aplicativos seguir crescendo, com os apps “bobinhos” perdendo espaço para prestação de serviços, solução de problemas e economia de tempo e dinheiro.
Fonte: Proxxima (Débora Yuri)
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