O levantamento revela consistências e anomalias nas preferências dos consumidores, de 31 países, ano após ano - em relação a compras on-line, conteúdo, utilização de dispositivos móveis e pagamentos via celular - que sugerem novos rumos para o futuro do comércio digital e àqueles que concorrem nesse universo, de acordo com os autores do relatório da KPMG.
"Por cinco anos consecutivos, nossa pesquisa global de Consumidores e Convergência (Consumers & Convergence 5, do título em inglês) demonstra que o ritmo das mudanças de hábitos de compra, que convergem para a plataforma on-line, segue acelerado", afirma Sean Collins, sócio da KPMG nos Estados Unidos e líder global da área de comunicação e mídia. "Os consumidores no mundo todo desejam cada vez mais adotar novas tecnologias e modelos de negócios digitais, resultando em grandes oportunidades e riscos para prestadores de serviços, varejistas, empresas de mídia, bancos e outros players disputando um pedaço da cadeia de valor digital."
Os
consumidores demonstraram um aumento no desejo pela adoção de novas
tecnologias e modelos de negócios. Na pesquisa da KPMG de 2008, 50% dos
entrevistados afirmaram não se sentirem muito confortáveis com o uso do
mobile banking; atualmente, essa posição se reverteu completamente, com
66% dos entrevistados dispostos a transformar seus celulares em
"carteira". Outro exemplo é a quintuplicação no número de entrevistados
que preferem usar seus celulares e smartphones para ler notícias,
navegar na internet e fazer compras. Também houve uma queda em relação
ao uso da televisão, com 51% dos entrevistados agora preferindo assistir
TV e filmes on-line em seus computadores, e 24%, em seus smartphones.
Cerca
de 76% dos brasileiros entrevistados durante a pesquisa disseram que
não pagam para ter acesso a conteúdos, demonstrando a preferência dos
internautas pela gratuidade, contra 24% que dizem pagar por isso,
revelou uma pesquisa global realizada pela KPMG. Daqueles que optaram
pelo não, 64% nunca estariam dispostos a pagar se um site específico
que, usualmente visitam, passasse a cobrar pelo acesso e que iriam
procurar pelo mesmo conteúdo em outro similar, aponta o estudo. Outros
30% desembolsariam dinheiro se fosse importante e se o conteúdo não
estivesse disponível de graça em qualquer outro lugar; e apenas 7%
poderiam considerar pagar para ter acesso ao conteúdo inteiro do site.
"A
pesquisa aponta uma tendência que é da cultura do brasileiro de não ter
disponibilidade para pagar para ter acesso a contéudo da internet, o
que não acontece em outros países. Além disso, eles já admitem receber
propaganda em troca de desconto e gratuidade, mas vale lembrar que a
maioria abre mão dessas vantagem quando o seu perfil é rastreado de
alguma forma ", explica Manuel Fernandes, sócio da KPMG no Brasil e
líder para a área de Tecnologia, Mídia e Telecomunicação.
Fonte: Cliente SA - 05/01/2012
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