Arnaldo Rabelo

16 abril 2010

Mundo deveria ter um novo G-7, com os países do BRIC, diz Jim O'Neill

Criador do termo BRIC defende que o grupo seja formado por Brasil, Rússia, Índia, China, Estados Unidos, Japão e União Europeia

O chefe de pesquisa em economia global do Goldman Sachs, Jim O’Neill, o homem que criou o acrônimo BRIC – que se refere ao grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China – afirmou dia 15/04 que um dos principais desafios do Brasil é ter uma política monetária bem avançada para controlar a inflação, sem descuidar do crescimento do consumo interno.

Falando a jornalistas e economistas via videoconferência na sede da Federação do Comércio (Fecomercio), em São Paulo, O’Neill afirmou que o Brasil está concentrado na economia interna. Ele acredita que é preciso continuar nessa linha para manter a inflação baixa e estável, mas que é preciso também apresentar maior comprometimento com o comércio internacional.

Segundo o economista, os Brics representam 16% do PIB global, o equivalente a quase 70% dos Estados Unidos. “Em 2018, juntos, eles serão tão grandes quanto os Estados Unidos. É uma conta simples, porque é nos países dos Brics que há de maneira mais rápida o crescimento da economia e do consumo”, disse.

Na sua opinião, não faz sentido que o G-7 ainda tenha mais peso que os Brics, já que, individualmente, são maiores do que o Canadá, que faz parte do bloco dos mais ricos. “Acredito que deveríamos começar a pensar em um novo G-7 composto pelos quatro países do Bric, mais Estados Unidos, Japão e União Europeia.”

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Fonte: Época Negócios - 15/04/2010

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