Arnaldo Rabelo

13 fevereiro 2009

Mobile Marketing: audiência da internet no celular vai ultrapassar TV paga

Do total de linhas móveis ativas no país, 7,3%, ou 11 milhões, já acessam regularmente a internet via celular.

Durante o Primeiro Encontro IAB Brasil sobre Mobile Marketing, realizado hoje, 13/2, em São Paulo, o diretor executivo do Interative Advertising Bureau - IAB Brasil, Ari Meneghini, mostrou que o volume de acesso à internet via celular vai ultrapassar em breve a audiência da TV por assinatura no país, tornando-se uma mídia cada vez mais atrativa para anunciantes no país.

A conta foi feita com base em uma pesquisa da Nielsen, que mostra que, dos 150 milhões de linhas móveis ativas hoje no país, 7,3%, ou, aproximadamente, 11 milhões acessam a internet por mês. “A TV por assinatura tem hoje 5,5 milhões de domicílios, que resultam em uma audiência de 16 milhões, considerando três pessoas por domicílio”, ponderou Ari. “No ritmo de crescimento que o acesso de dados e ainda com a chegada da 3G e de aparelhos cada vez mais avançados, existe a chance real de superar a TV por assinatura, em breve, principalmente se considerarmos que o número de linhas móveis cresce uma vez e meia a mais que a TV por assinatura no país”, diz o diretor IAB.

Com apenas 3,4% do bolo de investimentos publicitários no País – o IAB prevê que 2008 tenha fechado com R$ 750 milhões -, a mídia mobile hoje tem duas modalidades de consumo, que são os anúncios em portais mobile, similar ao que se vê na internet e as chamadas experiências interativa, como sms, quizz,m-cupom e jogos. Segundo o IAB, essa segunda modalidade é a que apresenta a maior complexidade, uma vez que envolve um ecossistema de fornecedores muito mais amplo.

Para ampliar a sua penetração, a mídia online tem grandes desafios pela frente. “Definir uma agenda de trabalho e lançar uma discussão mais estruturada para a mídia mobile é fundamental para que essa audiência passe a ser considerada no planejamento de mídia das agências”, afirma Meneghini.

Entre os pontos fundamentais dessa agenda estão a formação do mercado, com ações de educação e informação sobre o tema, além da definição de padrões tecnológicos e métricas de mensuração de resultados. Para Terence Reis, diretor executivo da MMA (Mobile Marketing Association), embora os países estejam em momentos diferentes de mercado, as questões sobre a publicidade mobile ainda são muito parecidas. Ele acrescenta alguns pontos que julga fundamentais, como por exemplo, a necessidade de ganhar escala. “Precisamos sair da fase de testes e aumentar tanto o tamanho como o número de projetos, além de definir um modelo mais claro de negócios”, salienta.

Mas nenhuma ação será suficiente se um ponto não for levado em consideração: a familiaridade do usuário. “Não adianta criar campanhas, influenciar o mercado, se o usuário não tem familiaridade com o uso. Estimular essa familiaridade e criar maneiras de medi-la é, na minha opinião, o nosso maior desafio”, completa Reis.

Fonte: MetaAnálise - 12/02/09

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