Arnaldo Rabelo

17 novembro 2008

Classes C e D acreditam que crise será passageira

Para saber o que as classes C e D pensam sobre a crise financeira que começou nos Estados Unidos e se espalhou por todo o mundo, uma agência de publicidade ouviu consumidores de sete países - Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Honduras, México e Panamá.

No Brasil, é o comportamento das chamadas classes emergentes que deve ditar a tônica da crise. "Toda a economia brasileira, nos últimos anos, tem sido esse aumento de consumo dessa classe. Se essa parcela se retrair muito, daí o Brasil vai sentir mais do que normalmente sente", disse Aloísio Pinto, vice-presidente da agência de publicidade.

Enquanto os latinos em geral acreditam que a crise vai ter no mínimo dois anos e que seu país vá sofrer com as conseqüências, o brasileiro tem uma postura bem mais otimista. "Eles pensam em um ano vamos sentir alguma coisa, mas muito menos do que os nossos vizinhos da América Latina", disse Pinto.

Mas, por via das dúvidas, o brasileiro já está mais cauteloso. Segundo a pesquisa, 80% acreditam que a crise pode trazer algum impacto para a família e 61% já adiaram alguns planos.

A pesquisa foi feita em cidades com mais de 200 mil habitantes e ouviu pessoas com renda familiar entre R$ 607 e R$ 3.003. Hoje, as classes C e D representam 54% da população brasileira.

Fonte: PEGN / G1 - 14/11/08

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