A pesquisa “Observador 2008”, encomendada pela financeira do grupo francês BNP Paribas, Cetelem, apontou uma consolidação do aumento da classe C e diminuição das classes D/E. Também verificou uma queda na desigualdade de renda das classes A e E, além do aumento da renda disponível do brasileiro.
De acordo com a pesquisa, a classe C saltou de 36%, em 2006, para 46% em 2007 (86 milhões de pessoas). Já as classes D/E, apresentaram uma queda de 46% para 39% (73 milhões de pessoas).
Outro ponto positivo apontado pela pesquisa foi a melhoria da renda disponível das classes C e D/E. Em 2005, as classes D/E tiveram renda disponível negativa de R$ 17. No entanto, em 2006, esse número subiu e o ano foi fechado com saldo positivo de R$ 2. Já no ano passado, conseguiriam atingir R$ 22 de renda.
A classe C também registrou melhoras. Sua renda disponível em 2005 era de R$ 122, passou para R$ 191 em 2006 e caiu para R$ 147 em 2007. Apesar da queda no último ano, o crescimento foi de 20%, algo bastante significativo. Apenas as classes A/B viram diminuir sua renda, caindo de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007, uma redução de 20%.
Computador, celular, eletrodomésticos
Segundo a pesquisa, os maiores crescimentos na intenção de compra de bens foram para móveis, eletrodomésticos, lazer/viagem, celular, computador e artigos de decoração.
Aumento da confiança na economia do País
Outro ponto abordado foi o aumento da confiança dos brasileiros na economia do País. Quando se perguntou, em 2005, qual a nota que as pessoas davam para a situação atual do Brasil, esse número atingiu 4,7 entre 0 e 10. Em 2006 foi para 5,2 e finalmente para 5,3 em 2007. A nota média dada pelo brasileiro para a situação atual do País é superior a nota dada pelo europeu, 4,9.
O ano de 2007 reforça ainda mais este otimismo. Nas regiões brasileiras a nota média conferida à situação do Brasil aumentou de forma diferenciada. Sul e Sudeste tiveram um padrão de crescimento semelhante entre si, mas diferente de Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
Métodos
Os dados utilizados na pesquisa foram coletados a partir de 1.500 entrevistas, de habitantes de 70 cidades em nove regiões metropolitanas do País.
As classes sociais utilizadas para este estudo são as classes definidas pelo CCEB – Critério de Classificação Econômica Brasil. O CCEB – comumente tratado por Critério Brasil – estima o poder de compra dos indivíduos e famílias urbanas, classificando-os por classes econômicas (A1, A2, B1, B2, C, D, E). O Critério Brasil é fornecido pela ABEP – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa.
Fonte: Último Segundo - 26/03/08
Arnaldo Rabelo
01 abril 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário