A explosão de consumidores de baixa renda nos últimos cinco anos está colocando em xeque as grandes empresas no Brasil, que estão sendo obrigadas a mudar seus produtos e serviços para atender esses clientes.
Se antes as empresas conseguiam determinar o que os clientes --em sua maioria de alta renda-- iriam consumir, agora elas se vêem obrigadas a seguir a vontade dos clientes de baixa renda. Segundo a consultoria Data Popular, as classes C, D e E já respondem por metade do consumo nacional, já que sua renda é destinada integralmente aos gastos familiares. Há cinco anos, a participação das três classes sociais era de 48%.
Porém, há empresas que, mesmo sabendo desse quase inevitável rumo dos negócios, são relutantes em mudar porque temem "queimar" sua marca entre os clientes das classes A e B quando começar a vender para a C. O resultado dessa indecisão, segundo a Folha apurou, são empresas enfrentando crises internas porque perderam mercado para concorrentes mais ágeis.
Um levantamento inédito da consultoria BCG (The Boston Consulting Group) revela que, no longo prazo, as grandes corporações poderão não sobreviver à expansão da baixa renda, caso persistam com o mesmo modelo de negócio. Outra novidade é que, ao contrário do que se imaginava, o cliente de baixa renda está não só preocupado com o preço como também com a qualidade.
Fonte: Folha Online - 24/03/08
Arnaldo Rabelo
01 abril 2008
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