Arnaldo Rabelo

06 outubro 2006

Fim do outdoor na cidade de São Paulo

Toda a propaganda nas ruas de São Paulo, incluindo outdoors, painéis luminosos e cartazes, será proibida a partir de 1º de janeiro por causa de uma lei aprovada em setembro na Câmara Municipal. Estará proibida também a publicidade em aeronaves (como dirigíveis e faixas em aviões).

A Prefeitura de São Paulo deixará de arrecadar aproximadamente R$ 19 milhões por ano com a extinção da propaganda nas ruas. O valor é referente às taxas e impostos que deixarão de ser pagos pelas empresas do setor.

O Sepex (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior de São Paulo) prevê que cerca 20 mil pessoas fiquem sem trabalho por causa do projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo, que impede a instalação de outdoors e painéis eletrônicos na cidade.

Vereadores, publicitários e anunciantes disseram temer que o projeto de Kassab abra caminho para um monopólio no setor de mídia exterior em São Paulo. Isso ocorreria porque será aberta até 2007 a licitação que entregará à iniciativa privada a exploração da publicidade no mobiliário urbano, como pontos de ônibus, painéis publicitários, bancas de jornais, placas identificadoras de locais, quiosques, etc. Como, de acordo com o projeto do prefeito Gilberto Kassab, toda a mídia exterior estaria extinta, uma só empresa poderia, em tese, vencer a licitação e impor um monopólio no setor. O mobiliário urbano será a única opção de mídia exterior para os publicitários e anunciantes.

O prefeito pretende enterrar os fios e cabos aéreos --eletricidade, telefonia etc.-- que cortam a cidade. Para ele, esse é a segunda etapa de combate à poluição visual em São Paulo.

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