Arnaldo Rabelo

24 agosto 2006

O consumidor conectado

A tecnologia será o meio mais rápido para a inclusão dos mais pobres. A opinião é do publicitário norte-americano Stan Rapp. Ele indica que este é o caminho a ser seguido por países em desenvolvimento numa época notadamente marcada pela intensificação das relações virtuais.

Para Rapp, considerado uma autoridade em questões de marketing direto e de relacionamento, o Brasil possui um gigantesco universo de consumidores que está fora do mercado de massa e que pode ser integrado graças aos avanços tecnológicos.

Membro do conselho do grupo McCann-Erickson, Rapp distribui genericamente a população do Brasil em três camadas de renda. A dos consumidores efetivos, cerca de 40 milhões de pessoas, a dos com potencial de aumentar a capacidade de consumo, cerca de 75 milhões, e os abaixo da linha de pobreza, aproximadamente 60 milhões de habitantes.

“O país tem um imenso caminho a ser trilhado pelas empresas para oferecer serviços e produtos destinados às classes de baixa renda, de maneira a torná-las consumidoras de suas marcas”, diz.

Para provar que não há volta no universo que conecta todos a todo instante, Rapp enumera situações. “A Amazon, livraria virtual, realiza anualmente 38 milhões de vendas. No Japão, 90% dos adolescentes fazem aquisições diárias conectados com seus celulares”, afirma.

Folha de São Paulo

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