Arnaldo Rabelo

04 maio 2010

Capitais e classe B vão liderar consumo

As grandes cidades e as famílias da classe B, aquelas que sentiram no ano passado o tranco da crise em suas aplicações financeiras, serão as vedetes do consumo em 2010. Sustentados pelo crescimento do crédito, da renda e do emprego, os brasileiros, no total, devem gastar neste ano R$ 2,2 trilhões com produtos e serviços básicos, além das despesas com viagens e com a compra de eletrodomésticos, veículos, roupas e móveis.

Os números fazem parte do estudo Índice de Potencial de Consumo (IPC) Target. Esta será a maior cifra desembolsada desde que o indicador começou a ser calculado, em 1995. O estudo é feito anualmente pela IPC Marketing Editora, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cruzados com os de outras fontes. Para a edição deste ano, levou-se em conta que o Produto Interno Bruto (PIB) do País crescerá 6,1% este ano.

De acordo com o estudo, as 27 capitais devem responder por 34,5% do consumo neste ano. A participação delas em 2009 foi de 32%, a menor em cinco anos. Já as famílias das classes B1 e B2 detinham no ano passado 43,9% do consumo das capitais e, neste ano, a participação subiu para 48,1%. No mesmo período, a classe C retrocedeu: respondia por 23,4% do consumo das capitais em 2009 e hoje participa com 20,1%. Parte do recuo se deve à ascensão das famílias da classe C para a classe B.

(...) A massa de rendimentos das classes A e B deve aumentar 4,9% este ano, com elevação de 1,3 ponto percentual sobre 2009. Na classe C, os rendimentos terão crescimento de 1,1 ponto percentual.

Fonte: O Estado de S. Paulo - 3 de maio de 2010

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Esta informação deve ser interpretada com muito cuidado. A classe C continua sendo um motor importante da economia, principalmente pela velocidade com que aumentou seu poder de consumo. Agora essa velocidade diminuiu e a classe B, que não havia tido ganhos expressivos em seu poder aquisitivo (que é bem maior que o da classe C), está tendo aumento na média de seu poder aquisitivo. O estudo aponta a diferença entre as capitais, onde a recuperação econômica ocorre mais rápido, e o interior.

Um comentário:

Tudo de Feiras disse...

Ola, muito obrigado pelas informações de marketing, é por blogs como estes que me inspirei em iniciar o meu.
Parabéns!