Arnaldo Rabelo

06 outubro 2008

Economistas reduzem previsão de crescimento em 2009, diz pesquisa do BC

Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a expectativa para o crescimento da economia em 2009. De acordo com a pesquisa semanal Focus, realizada pelo próprio BC, a expectativa para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma das riquezas produzidas) em 2008 subiu de 5,18% para 5,20%. Para 2009, caiu de 3,55% para 3,50%.

Em relação à inflação, a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que serve como meta para o BC, ficou estável em 6,14%, depois de cair por nove semanas seguidas. A meta de inflação é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no intervalo de tolerância (teto da meta).

Para o próximo ano, a taxa prevista recuou pela quarta semana, de 4,90% para 4,85%. A queda da inflação em 2009 para o centro da meta de 4,5% é um dos principais motivos que tem levado o BC a aumentar os juros neste ano.

A estimativa para a inflação para os próximos 12 meses passou de 5,14% para 5,15%.

Juros

Em relação à taxa básica de juros, os economistas ainda prevêem uma alta da Selic dos atuais 13,75% para 14,25% na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) no fim de outubro e para 14,75% em dezembro (o Copom se reúne a cada 45 dias aproximadamente).

Houve mudanças em relação a 2009. Segundo a pesquisa, a previsão para a taxa básica no final do próximo ano caiu de 13,75% para 13,50% ao ano.

Ainda segundo a pesquisa Focus, as previsões para o dólar subiram de R$ 1,70 para R$ 1,80 no final deste ano; e de R$ 1,77 para R$ 1,82 em dezembro de 2009.

Fonte: Folha de S. Paulo - 06/10/08

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Hoje foi um dia de pânico nas bolsas, em que já houve queda de mais de 12% hoje no Brasil e o dólar chegou a R$ 2,15. Tudo indica ser uma instabilidade do momento, que pode não se manter a longo prazo. De qualquer modo, as empresas terão que considerar um cenário menos favorável e definir estratégias e ações adequadas para competir.

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