Arnaldo Rabelo

18 setembro 2008

Crise desvaloriza marcas em US$ 67 bilhões

Segundo ranking da Brand Finance, as 100 maiores marcas do mundo perderam valor e apenas alguns setores se salvaram

Se comparados os valores que as 100 maiores marcas do mundo somadas tinham no mês de janeiro passado com o que elas têm hoje, houve uma perda de US$ 67 bilhões, segundo apontou estudo da consultoria Brand Finance. Além disso, essas companhias somadas perderam mais de US$ 1,6 trilhão em valor de mercado.

Nomes como Starbucks, Nike, Coca-Cola e L´Oreal, particularmente, foram destaques negativos e parecem ter sido mais afetadas pelo maior cuidado dos consumidores com suas finanças, diz o estudo. "Por outro lado, WalMart, AT&T, Exxon e McDonald´s seguem com performances muito fortes, particularmente quando investem em publicidade e marketing", afirma o CEO da Brand Finance David Haigh, que considera vital, neste clima atual da economia, entender as marcas e o que dá valor a elas.

Na primeira colocação ficou o Wal-Mart, que ultrapassou a Coca-Cola e vale agora US$ 42,5 bilhões, segundo os critérios da Brand Finance. As principais companhias de petróleo, que viram seu produto valorizar muito nos últimos meses, à exceção das últimas semanas de queda, tiveram aumento do valor de marca, como a ExxonMobil (19% de alta), BP (18,3%), Chevron (18%) e Shell (13%).

O único outro setor que apresentou alta foi Saúde, demonstrando que os consumidores estão priorizando isso no atual ambiente. A Johnson & Johnson, por exemplo, subiu 16 lugares na tabela e já é a 84ª. Na outra mão, o setor financeiro teve baixa, especialmente o Citi, que decaiu 14%.

Haigh faz menção especial a marcas de países emergentes, como Samsung (Coréia do Sul), Tata (Índia), Bank of China e Lukoil (Rússia), mas sem citar nenhuma brasileira.

Fonte: Meio & Mensagem - 17/09/2008

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